O real (R$) é a moeda oficial do Brasil. Foi implementado em 1º de julho de 1994, como parte do Plano Real, um conjunto de medidas econômicas destinadas a estabilizar a economia brasileira e combater a hiperinflação que assolava o país. Antes do real, o Brasil utilizou diversas outras moedas, como o cruzeiro, o cruzado e o cruzado novo, todas marcadas pela instabilidade e desvalorização.
História e Criação:
O Plano Real foi crucial para a introdução do real. Uma das etapas importantes foi a criação da Unidade Real de Valor (URV), uma moeda de referência que servia como indexador para preços e salários, desvinculando-os da inflação corrente. A URV era convertida diariamente em cruzeiro real, a moeda vigente na época. Essa estratégia permitiu uma transição suave para o real, evitando um choque inflacionário.
Características:
Cédulas:
As cédulas de real atualmente em circulação são de:
As cédulas da segunda família do real apresentam elementos de segurança aprimorados e tamanhos diferenciados para auxiliar pessoas com deficiência visual.
Moedas:
As moedas de real atualmente em circulação são de:
Política Monetária:
A política monetária do Brasil, incluindo o controle da emissão de moeda e as taxas de juros, é definida pelo Banco Central do Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne regularmente para definir a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, que influencia as demais taxas de juros e, consequentemente, a inflação.
Câmbio:
O real opera em regime de câmbio flutuante, o que significa que seu valor é determinado pelas forças do mercado, ou seja, pela oferta e demanda por reais no mercado cambial. O Banco Central pode intervir no mercado cambial para suavizar flutuações excessivas, mas não estabelece uma taxa de câmbio fixa. A taxa de câmbio do real em relação a outras moedas, como o dólar americano e o euro, é um indicador importante da saúde da economia brasileira.
Importância para a Economia Brasileira:
O real desempenhou um papel fundamental na estabilização da economia brasileira e no controle da inflação. A moeda forte permitiu o aumento do poder de compra da população, o crescimento do crédito e o desenvolvimento do mercado interno. No entanto, a valorização excessiva do real em determinados períodos também pode ter impactado negativamente a competitividade da indústria brasileira. A gestão da política monetária e cambial é crucial para garantir a estabilidade da moeda e o crescimento sustentável da economia.