Sara Bentes (Volta Redonda, 1 de Abril de 1982) é uma cantora brasileira, premiada internacionalmente, com participações em festivais de arte e apresentações nos Estados Unidos, Argentina, Itália, Inglaterra, Tailândia, Turquia e Suécia; sua experiência na música passeia pela mpb, samba, choro, música infantil e música internacional.12
Nascida em uma família muito envolvida com as artes, demonstrou desde cedo seus múltiplos talentos, sempre incentivada pelos pais, parentes e amigos, entre a Música, Desenho Artístico e a Literatura.
Mesmo com a visão reduzida, destacou-se no Desenho e durante a adolescência teve seus quadros em exposições de arte na sua cidade, além da capital (Rio de Janeiro) e em cidades do interior do estado. Mas, paralelamente, desenvolvia também na área musical seu principal caminho artístico.
Ela perdeu totalmente sua capacidade visual aos 27 anos devido a um glaucoma congênito.3
Aos 13 anos de idade, Sara iniciou seu contato com o palco e com técnicas de canto no coral do colégio Macedo Soares, onde estudava. Ali, sob a regência da maestrina Regina de Sá, aprendeu as primeiras técnicas de canto. Desde então, não para de cantar e de se aprimorar na arte. Ingressa em seguida em grandes corais de Volta Redonda, sua cidade natal, e participa de dezenas de festivais de música no seu estado e em Minas Gerais, além de participações em festas e outros eventos . No mesmo período, iniciou seus estudos de teoria musical, piano, oboé e outros instrumentos em cursos livres, harmonia funcional, teatro e dança.
Em 2001, aos 19 anos, Sara estudou 3 meses na Itália, cantando Vivaldi no coro do Festival de Música Antiga da cidade de Magnano - BI. http://www.musicaanticamagnano.com/
Desde o ano 2002, a cantora faz shows e participa de festivais de artes pelo País e no Exterior, Naquele ano, o programa VSA Brasil (Vida, Sensibilidade e Arte), - que não mais existe - passou a promover a arte entre pessoas com deficiências.
Em 2003, foi selecionada na fase nacional pelo Programa Arte Sem Barreiras/ Funarte para representar o Brasil no Concurso Rosemary Kennedy, no Kennedy Center, em Washington DC, E.U.A. Concorrendo com representantes de 86 países, Sara foi aclamada pelo júri internacional, sendo premiada como melhor cantora internacional pelo concurso internacional para jovens solistas Rosemary Kennedy.4 Este prêmio lhe rendeu outras participações em festivais internacionais de artes, como o Festival de Músicos com Capacidades Especiales, na cidade de Córdoba, Argentina, nas edições de 2003, 2007 e 2013; o Festival Delle Habilita Diferenti, na cidade de Modena, Itália, em 2005, e mais um show na capital americana, em um Congresso promovido pelo BID, Banco Interamericano de Desenvolvimento, em 2004. No início de 2015, leva as mensagens de sua música, sua arte e a cultura brasileira para a Tailândia, cantando no III Blind Music Festival, na cidade de Chiang Mai.
Em 2005, Sara integrou o Projeto Percepções, expedição de 3 meses por 9 países da América do Sul, exibido semanalmente, durante o mesmo período, pelo programa Fantástico, rede Globo, de Novembro de 2005 a Fevereiro de
Depois de vários prêmios de melhor intérprete ao longo de sua trajetória até então, é neste mesmo ano de 2005 que Sara ganha seu primeiro prêmio como compositora, com a canção "O mundo fala", vencedora do concorrido FEMUVRE, que recebia compositores de todo o Brasil. E no mesmo evento, classificou-se também em segundo lugar, interpretando o choro "Atrevida", dos compositores Guido de Castro e Laís Amaral.
Participou, ainda nesta época, como cantora convidada, do grupo de choro "Nós nas cordas", em festivais e apresentações em Volta Redonda, Barra Mansa e Resende.
De 2003 a 2006, Sara cantou com a Orquestra Sinfônica da CSN, onde chegou a dividir o palco com Gilberto Gil, Flávio Venturini, Guilherme Arantes, entre outros artistas renomados. Com a mesma orquestra, participou de uma montagem do musical "West Side Story", como uma das solistas, em apresentações em Volta Redonda, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Outro evento deste período foi "Viajando com o trem mineiro", com músicas do Clube da Esquina, também apresentado em diversas cidades do Rio de janeiro e de Minas Gerais.
Em 2007 ingressou na Vez da Voz, ONG com sede em São Paulo que trabalha com e para pessoas com todo tipo de deficiência, trabalhando como artista e como jornalista repórter e apresentadora do Telelibras, telejornal modelo em acessibilidade no Brasil.
Desde então ela vem construindo sua carreira com experiências na música clássica, na música popular, no samba e no choro, na música internacional e na música infantil. Além de shows, apresentações e palestras, coleciona participações em CD's de outros artistas locais e regionais, em programas de rádio e TV, como a novela "América" (Rede Globo), o programa Ação (Rede Globo), Raul Gil (SBT), Todo Seu, de Ronnie Von (TV Gazeta), entre outros
Em 2010 Sara conhece e se encanta pela música instrumental do maestro e compositor italiano Giovanni Allevi e escreve uma letra para uma de suas músicas. A canção se chama “Back to life” e é uma das faixas do disco “Invisível”, de Sara Bentes. Em 2012 ela tem a oportunidade de assistir a um concerto do maestro Allevi, na Itália, e o conhece pessoalmente.
Em 2017 Sara visita a Suécia, para reencontrar os amigos da banda Synliga, com quem cultivou amizade e planos musicais desde quando os conheceu, dois anos antes na Tailândia, e faz um show em parceria com a banda em 4 de agosto no Svart Klubben, bar e restaurante para shows na escuridão, em Estocolmo. A parceria dá tão certo que Sara escreve uma canção junto com Ulf Nordquist, um dos líderes da banda, e eles fazem planos de novos shows juntos em breve.
Na mesma viagem Sara conhece pessoalmente um de seus ídolos e referência musical desde a adolescência, o cantor, compositor e ator sueco Ola Salo, croonner da extinta banda The Ark.
Em junho de 2017 Sara Bentes vence o concurso que define a voz para o novo sintetizador de voz da empresa brasileira de tecnologia assistiva F123; Sara então grava mais de 30 horas de leitura de diferentes textos para que sua voz sintetizada atenda gratuitamente a milhares de usuários de leitor de tela de qualquer país de língua portuguesa.
Em outubro de 2017, convidada pelo Consulado turco, segue para a Turquia, para abrir o Festival Internacional de Arte Acessível da cidade de Mersin. Depois, voltou para a Suécia para cinco apresentações em Estocolmo, novamente no Svart Klubben, mais uma vez com a banda Synliga.
Em 2019, durante todo o mês de setembro, permanece na Suécia cantando no Svartklubben com Ulf Nordquist e alguns integrantes da banda Synliga. De lá segue para a Itália para 4 shows em Milão na primeira quinzena de outubro, onde se apresentou com os músicos italianos Fabiana Comerro, Silvio Del Mastro e o percussionista brasileiro Gilson Silveira.
Circo
A partir de uma performance de dança do ventre coreografada e apresentada por Sara na VII Mostra de Artes Albertina Brasil, no estado de Sergipe, em 2013, ela é convidada a integrar o espetáculo de circo “Belonging”. De novembro de 2013 a março de 2014, Sara se prepara na escola de circo Crescer e Viver, no Rio de Janeiro, dedicando a maior parte de sua prática à lira, aparelho aéreo com o qual tem mais afinidade. Em abril de 2014, Sara estreia no circo com o espetáculo “Belonging”, em Londres – Inglaterra, espetáculo reapresentado no Rio de Janeiro e em São Paulo, em maio do mesmo ano.
Em 2016, Sara volta ao circo com duas temporadas do espetáculo “Parada Shakespeare”, com a Cia. Iltda, no Rio de Janeiro. O espetáculo apresenta cenas famosas de Shakespeare com a linguagem circense. Nos dois espetáculos, além de outras performances, Sara faz cenas cantando na lira a 5 ou 10 metros do chão.
Teatro
Buscando aprimorar sua expressividade e postura no palco, Sara procura o teatro. Iniciou alguns cursos livres quando criança, participou como cantora de diversos musicais em sua região, cursou teatro musical na CAL – Centro de Artes de Laranjeiras, mais tarde voltou a estudar teatro após ganhar uma bolsa no curso de Marcelo Soares, em 2005, até finalmente, no ano seguinte, atuar pela primeira vez como atriz profissional na peça “Do Banquete ao Piquenique”, de Analu Palma, no Rio de Janeiro – RJ.
Em 2009 Sara atua e canta na peça/cortejo “Cantos de Euclides”, na FLIP – Feira Literária de Paraty, com o Coletivo Teatral Sala Preta.
Mas, é somente em 2010 que sua carreira como atriz se intensifica, após ela concluir 2 cursos/montagem na Oficina dos Menestreis, sob a direção de Deto Montenegro, em São Paulo – SP, rodar diversas cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro com os musicais “Filhos do Brasil”, de Oswaldo Montenegro, e “Good Morning Mixtureba”, de Deto Montenegro, e ingressar no Teatro Cego, com o qual, desde 2012, apresenta as peças “O Grande Viúvo”, de Nelson Rodrigues, “Acorda Amor”, de Paulo Palado, e “Clarear – Somos todos diferentes” de Sara Bentes.
No início de 2014, Sara é convidada pela Cia. Internacional de Teatro Arte Livre a representar Helen Keller na peça “O Milagre de Anne Sulivan”, convite que lamentou recusar por incompatibilidade de agenda.
Em 2019 participa da peça "Volúpias da Cegueira!, de Daniel Porto, sob a direção de Alexandre Lino, no Rio de Janeiro.
Sara é atriz com DRT, registrada no número: 0048670/RJ
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olhovivoca.com.br/ Sara Bentes: a voz de veludo azul de uma artista multifacetada ↩
jcnet.com.br Festival de Inverno leva Sara Bentes e convidados ao Teatro Municipal ↩
exaluibc.org.br/ Expressão sem limites ↩
mapadecultura.rj.gov.br/ Sara Bentes ↩
portalvr.com/ Resultado oficial da 2º Femuvre ↩